O ex-secretário
de Saúde do Maranhão Ricardo Murad foi preso durante uma operação que apura
desvios de recursos públicos. Ele se apresentou à Polícia Federal (PF) na manhã
desta quinta-feira (18). Murad é cunhado de Roseana Sarney (MDB),
ex-governadora do estado, e foi secretário estadual entre 2012 e 2014, durante
o quarto mandato de Roseana no Maranhão.
Trata-se da
sexta fase da Operação Sermão dos Peixes, chamada de Peixe de Tobias.
A PF apurou
indícios de que, entre os anos de 2011 a 2013, aproximadamente R$ 2 milhões
destinados ao sistema de saúde estadual foram desviados para uma empresa
sediada na cidade de Imperatriz (MA). A polícia verificou ainda pagamentos
mensais a blogueiros.
O advogado de
Ricardo Murad, Marcos Lobo, disse ao G1 que ainda
não teve acesso à decisão judicial e que não pode respoder sobre o caso.
A prisão de Murad já havia sido pedida em
2015, mas foi negada pelo juiz federal Roberto Carvalho Veloso.
Outra operação
A Polícia
Federal também deflagrou uma nova operação para apurar vazamento de informações
da primeira fase da Sermão aos Peixes. Ela é chamada de Abscondito II e foi
iniciada em 2016. A PF avançou na investigação sobre o vazamento e reuniu prova
de que os membros da organização criminosa conseguiram cooptar servidores
públicos para a obtenção de informações privilegiadas. Depois, destruíram e
ocultaram provas.
Além disso,
violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus
bens para terceiros para impedir que fosse decretada a perda de tais bens.
Mandados judiciais
Ao todo,
considerando as duas operações, foram expedidos 19 mandados de busca e
apreensão, oito mandados de prisão temporária e um mandado de prisão
preventiva.
As pessoas
investigadas poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados. Após os
procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário
estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
DE G1 MA